André
Sete meses após o casamento.
― O que está fazendo aqui? ― ele perguntou ao me ver entrar no beco onde fazia seus negócios obscuros. Eu o seguia desde o dia em que atacou Beatriz, e soube que estaria aqui hoje.
― Vim devolver o que fez com minha esposa ― respondi.
Ele riu e debochou:
― Você não é mais um Rodrigues para vir de vingancinha. Todos sabem que é só um policialzinho de merda.
― Posso não trabalhar na empresa ou em qualquer outro negócio da família, mas nunca deixarei de ser um Rodrigues. ― Tirei a arma e ele olhou na direção dela.
― Vai fazer o que? Me devolver a coronhada? ― Ele riu ainda mais.
Apontei a arma para sua cabeça, vendo o sorriso finalmente sumir.
Atirei. Conversar para que? Quem tortura é Antônio, eu simplesmente mato. Isso é pessoal, não é um negócio da família. E se vai gerar represálias, posso assumir sozinho.
O corpo dele caiu no chão. Morreu com a expressão de desespero. Porque sorrindo ele não merecia morrer.
Guardei a arma e caminhei lentamente até