Cameron
Corro feito louco para longe da médica e dos Rodrigues, e irrompo a sala de parto. Se eu tinha planos de ir até ali? Meu destino sempre seria Amanda. Minha morena e minha filha precisam de mim. Nenhum médico ou segurança vai me impedir de estar com elas.
Caio de joelhos ao ver a cena. Amanda naquela cama, inconsciente, sangrando. Aquelas pessoas ao seu redor.
― Você não pode ficar aqui. ― Uma enfermeira vem em minha direção.
Tentam me levantar, mas meu corpo parece de pedra.
A médica volta com Alexandre.
― Salve-as ― imploro e grudo a perna da mulher. Não ligo se pareço uma criança assustada. ― Por favor, Deus, não as tire de mim.
Alexandre me coloca de pé. Não imponho resistência. Ele segura meus ombros e diz:
― Tenha força pela minha irmã. Ela precisa de você.
― Saiam. ― A médica diz. ― Precisamos que saiam.
― Ele vai ficar. ― Alexandre diz, e sai.
Tudo passa como em câmera lenta e um borrão. Em algum momento acabo com uma roupa azul do hospital.
Fico ali, segurando a mão da