Alexandre
Quando chego em casa, meus irmãos e meu pai estão me esperando.
― Como eles estão? ― meu pai pergunta.
― Fora de perigo. Só vim tomar banho e pegar algumas coisas.
― E você? Cuidou da perna? ― Amanda pergunta.
― Sim. O tiro foi de raspão. Já dei um jeito.
― A Nina preparou uma feijoada. Ela disse que precisa de um alimento substancioso ― ela fala, sem o ânimo de sempre.
― Não estou com fome.
― Mas vai comer. Que força vai passar para sua mulher se estiver fraco? ― meu pai me lança aquele olhar de quem dá lição em criança teimosa.
― Vou tomar banho primeiro.
Os deixo na sala e entro no quarto, me livrando da roupa e entrando no chuveiro.
Sob a ducha de água fria, choro tudo que estava preso em minha garganta enquanto as cenas de hoje vinham com força à minha mente. Quase perdi tudo.
Apoio na parede, chorando de soluçar. Há tantos anos que não choro assim.
Não posso mais permitir que Willow se machuque. O problema é que nem posso mais deixá-la ir. Meus inimigos já sabem que el