Como se sentisse seu corpo em chamas, ele se contorcia, se debatia e gritava daquele jeito aterrador. Seus olhos fechados evidenciavam que estava dormindo, em meio a um pesadelo que parecia consumi-lo dolorosamente.
Desesperada em vê-lo naquele estado, corri para perto da cama, segurei dos dois lados dos seus ombros e o sacudi, chamando seu nome, tentando acordá-lo, mas sem conseguir. Insisti, sacudindo-o mais forte, chamando seu nome mais alto, até que, de repente, ele abriu os olhos, fuzilando-me com uma expressão que conotava o mais indescritível horror.
Como se não me reconhecesse, ou projetasse em mim o oponente que o atacava em seu sonho, ele agarrou-me pelo meio e atirou-me brutalmente sobre a cama, colocando-se em cima de mim, imobilizando-me, fechando sua mão grande em torno da minha garganta e fazendo pressão.
— Liam, sou eu — murmurei, apavorada.
Sua face parecia demoníaca, contorcida de um misto de fúria e terror, enquanto ele apertava minha garganta cada vez mais forte.
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