Bem mais tarde naquela noite, Delancy deixou a cozinha pelos fundos, atravessando o jardim silencioso até os banheiros externos da ala de lazer. Os saltos baixos afundavam levemente na grama úmida, e a brisa da noite esfriava sua pele sob o vestido preto justo.
A menina caminhou pelo corredor revestido de mármore e notou que todas as portas dos banheiros estavam fechadas. Encostou-se à parede, os ombros relaxando pela primeira vez em horas.
Naquela parte afastada da mansão, longe das ordens, olhares e obrigações, podia respirar sem parecer errada.
Passaram-se três minutos e nenhuma porta se abriu.
“Que droga.” Ela pensou em retornar ao jantar, onde os garçons ainda serviam vinho e sua mãe provavelmente fingia que ela nem existia. Mas, quando se ajeitou para voltar, um som distante a fez parar.
Uma voz grave ressoava adiante no corredor, abafada mas firme. Ela não reconheceu de imediato o idioma, mas a tonalidade… áspera e exigente, fez com que seu corpo ficasse alerta.
Em vez de re