Revelava uma frieza cortante ao pronunciar as palavras, como se estivesse recitando uma receita de bolo e não confessando que assassinara uma pessoa a sangue frio.
Embora não demonstrasse ter dúvidas da verdade, Liam pareceu se chocar mais uma vez, com sua confirmação, desta vez a ponto de seu rosto empalidecer.
— Meu Deus! Que tipo de monstro é você, que manda matar o próprio irmão? — exclamou, desnorteado.
— O tipo que não quer virar uma sem-teto por sua causa! Porque você não consegue esquecer uma coisa que aconteceu séculos atrás.
Liam parecia cada vez mais atônito.
— Você sabe o que aquele porco fez comigo?
— Sim, eu sei. Ele me contou. Assim que você chegou à cidade. Só esqueceu de mencionar que somos irmãos — respondeu sem demonstrar emoção alguma. — Ele disse também o quanto se arrependeu, que estava bêbado naquele dia, nem viu o que estava fazendo e agora está morrendo de uma doença sem cura, pagando pelos pecados dele. Não custava nada você ter perdoado, mas em vez disso dec