Quando me chamou pelo nome, no meu ouvido, quase perdi a razão.
— Aminah… não quero que dance pra ninguém. Só pra mim.
E foi ali que tudo que eu sentia congelou.
Como se jogassem gelo nos meus ossos.
Eu o afastei com força.
POV BASHIR
Quando ela me empurrou, senti como se tivesse levado um golpe no peito. O calor da febre não era nada comparado ao calor que subiu dentro de mim — de susto, dor, e… medo.
Ela me olhava como se eu tivesse a enganado.
— Você, no fundo, é igual ao homem que me atacou. Só que usa luvas de pelica — disse ela.
A frase me dilacerou. Meus olhos arderam. Dei um passo na direção dela — não como um predador, mas como um cão ferido, machucado até o osso.
— É errado querer poupá-la?
Ela riu. Um riso frio que nunca imaginei ouvir dela.
— Comovente. — A ironia queimava. — Você me beijou pra me convencer a isso?
Aquilo foi pior que um tapa. Senti as pernas vacilarem. Era o momento — ou eu a perdia para sempre.
Eu a amava. Desde o primeiro instante. Desde antes de admiti