Bashir fitou as duas duramente, o olhar tão afiado que as deixou imóveis. Quando falou, foi quase em árabe, o sotaque carregado deixando cada sílaba pesada.
— Guardem esse assunto para vocês. Não quero fofocas no hotel. Isso eu vou resolver pessoalmente.
Elas assentiram rápido, trocando olhares nervosos.
Bashir soltou o ar devagar, tentando controlar a tensão que lhe percorria o peito.
— Não é apenas para preservar a imagem do hotel — é pela moça. Principalmente pela moça. Se eu souber que alguém está fomentando esse assunto, essa pessoa não tem lugar na equipe do Sailor. Estamos entendidos? Quem mais sabe do ocorrido?
A camareira mais nova engoliu seco.
— Apenas nós… e o senhor Félix, o segurança. Ele é padrinho dela.
— Sabe se ele ainda está no hotel?
— Sim, senhor. Ele trabalha no turno da noite. Faz a ronda externa.
Bashir assentiu e as observou sair. Então apertou o térreo.
Ia resolver aquilo agora.
A imagem da moça chorando em seus braços voltou como um punhal girando em sua con