Eu avancei com passos firmes, decidida a enfrentar meus fantasmas em vez de fugir deles. O ar da casa parecia o mesmo — pesado, solene — e cada parede trazia. de volta lembranças que eu preferia esquecer.
Logo vi minha sogra. Zaida Ayman andava de um lado para o outro, inquieta, os olhos voltados para a porta como quem espera algo há muito tempo. Quando me avistou, congelou.
Zahir estava ao meu lado, com Vitor nos braços.
Quebrei o silêncio antes que ele se tornasse sufocante:
— Boa tarde, senhora Ayman.
Ela piscou, surpresa, e o rosto se suavizou num sorriso comovido.
— Boa tarde, Sophia. — A voz soou doce demais, quase fingida. — Quanto tempo, minha filha.
Zahir interveio, em tom formal, quase distante:
— Viemos para que conheça Vitor Ali Ayman, nosso filho.
— Rā’i‘ Allāhu Akbar! — ela exclamou, emocionada. Os olhos se encheram de lágrimas ao ver o neto. — Ele é igual a você, Zahir. Sinto como se te tivesse de novo em meus braços… Jamīl.
Ela pegou Vitor e o aninhou com ternura. Ele