Fulga na Escuridão.
A coragem de Miguel e a esperança de Clara contra o tempo e o perigo
Miguel se manteve firme enquanto retirava as correntes dos pulsos e tornozelos de Clara, tentando não deixar transparecer a mistura de alívio e dor que sentia ao vê-la naquele estado. Cada movimento era calculado, cada toque era delicado, como se ele tivesse medo de que ela se quebrasse. Uma vez livre, ele a envolveu em seus braços, e sentiu o corpo dela tremer contra o dele.
— Clara, eu estou aqui… — murmurou, segurando-a firme. — Eu prometi que viria por você, e aqui estou.
Clara abriu os olhos lentamente, um brilho fraco de reconhecimento neles. A boca dela se abriu para falar algo, mas só um sussurro saiu.
— Miguel… eu sabia que você viria — disse ela, a voz rouca, quase inaudível.
Miguel sorriu, mesmo que seu coração batesse forte, misturando o amor e a determinação de tirá-la dali em segurança. Sem perder tempo, ele verificou se o caminho estava livre, observando ao redor. Mas, ao escutar passos do lado de fora