Emmy Zack
Acordei com um sobressalto silencioso, como se meu corpo soubesse antes da minha mente que algo estava fora do lugar. A primeira sensação foi a do toque macio dos lençóis contra minha pele nua — linho dourado, de um brilho discreto e elegante, como ouro velho sob a luz tênue do amanhecer. Pisquei várias vezes, ainda confusa, tentando reconhecer onde estava. O teto acima de mim era pintado com as fases da lua — um ciclo eterno pairando sobre mim, julgando-me em silêncio.
Meus olhos desceram para a cabeceira esculpida com runas e ornamentos lunares. A atmosfera era carregada, quente demais, como se ainda estivesse mergulhada na intensidade da noite anterior. Meu corpo doía em lugares que eu não sabia que podiam doer. Um incômodo doce, quase proibido.
Então, percebi: eu estava colada ao peitoral nu de alguém. E do outro lado… outro corpo.
O pânico me invadiu como uma maré noturna.
Alec.
Zayn.
Meus pulmões pareciam pequenos demais para conter o ar que tentei puxar.