— E você teria a Malia, do jeito que quer. Mesmo que ela não queira.
Alex tinha razão. Era uma solução fria e calculista, mas eficaz. E, no fundo, sabia que Malia, mesmo relutante, não teria outra escolha. Em nosso mundo, decisões assim eram comuns, e resistir significava perigo e incerteza.
— Vamos fazer isso, — decidi finalmente. — Prepare uma reunião com Nicolai. Vamos discutir os termos da paz e do casamento.
Ele assentiu, já pegando o telefone para fazer os arranjos.
— Não, deixe-me fazer a ligação. Depois, você resolve o resto.
Peguei o telefone e disquei o número de Nicolai. Ele atendeu de forma abrupta, sem dar espaço para formalidades.
— Quem fala? — perguntou, sem me dar chance de introduzir a conversa.
— Sou Etore Monti, Don da Camorra. Você quer paz, Nicolai? Quer acabar com a matança dos dois lados? Então, eu tenho um preço para isso...
Houve um momento de silêncio do outro lado da linha, seguido de um tom intrigado.
— Qual seria seu preço, Etore Monti? — Ele perguntou de