Emilly
— Quem é ele, Emilly? — minha mãe perguntou devagar.
Ele? Ela acha que eu estou envolvida com alguém?
Bom isso é melhor do que ela saber a verdade.
— Não existe nenhum “ele” — eu a encarei, tentando não me deixar intimidar.
Eu fechei os olhos, me preparando mentalmente para outro tapa, virando o rosto com o impacto assim que sua mão atingiu minha bochecha mais uma vez.
— Não tente me fazer de boba, Emilly. Eu o vi do outro lado da rua!
Um pequeno soluço escapou de meus lábios enquanto eu me segurava para não chorar na frente dela.
— Eu não sei do que a senhora está falando, eu não sei de homem nenhum — eu fiz o que pude para manter minha voz firme.
Mas aquilo serviu apenas para irrita-la mais. Em um movimento rápido ela embrenhou a mão em meus cabelos, me arrastando em direção a escada.
— Você pensa que pode me enganar? Eu estou farta dos seus joguinhos, Emilly — ela gritou enquanto eu tentava me livrar dela.
— Me solta! — Eu a empurrei, sentido meus olhos se encherem de lag