Luciano observava o filho, de cabeça baixa, afogado na própria culpa. Depois voltava o olhar para Lorena, que chorava de forma tão dolorosa que mal conseguia falar. Permaneceu em silêncio.
Ninguém jamais teria imaginado que as coisas acabariam assim. Além disso...
Ele próprio também não podia se isentar da responsabilidade pelo sofrimento da filha, porque Vinícius...
Foi ele quem mandara Renato dar um jeito no rapaz. E ainda dissera: “Beatriz não tem poder nem influência, é fácil de ignorar. Que a verdade permaneça enterrada.”
Luciano fechou os olhos. O corpo ficou rígido, a respiração pesada.
A família inteira... Todos eles deviam desculpas a Beatriz.
O silêncio pairava pesado. Percebendo o clima estranho, Karine, sensata, afastou-se discretamente para o canto. Continuou acompanhando de perto o caso de Carlos, enquanto, no coração, só desejava que a Srta. Beatriz acordasse logo. Somente assim o presidente e sua família poderiam aliviar um pouco da culpa que os consumia.
Ele não ousava