A secretária ainda estava no instituto de perícia do hospital, aguardando. Tinha gastado uma fortuna para que trabalhassem em regime de urgência e, com sorte, o resultado sairia até a meia-noite.
— Conversa fiada! — Gabriel explodiu do outro lado da linha. — Se não tinha tempo, por que não mandou outra pessoa entregar? Acha mesmo que eu vou engolir essa desculpa?
A Karine ficou muda, engasgando-se, sem saber o que inventar em seguida.
— Pois espere. Amanhã, quando sair o resultado do interrogatório, vamos ver o que você tem a dizer. Quero ver se não vai acabar atrás das grades junto com seu chefe! — Gabriel, ao ver que ela não respondia e sem querer ouvir mais desculpas, falou em tom gelado.
Do outro lado da ligação, a secretária só conseguia suspirar em silêncio.
“Que desastre! Estou sendo acusada por algo de que não tenho culpa alguma!”
Mas não havia como se explicar.
O patrão não queria que ninguém soubesse que havia recolhido o cabelo de Beatriz para um exame. Se escondia até do pr