O Sr. Henrique compreendeu tudo. O rosto permaneceu impassível, e ele soltou um riso frio.
— Com quem ele está se irritando? E por quê? Nos últimos dois anos, será que não comeu o suficiente? Mesmo assim, tratava Beatriz com silêncio cruel, magoava-a de todas as formas. Tudo isso foi como jogar no estômago de um cachorro. Quando teve a chance, não soube valorizar. Agora, depois de destruir tudo sozinho, começa a se arrepender, incapaz de suportar vê-la bem com outros.
O mordomo ficou quieto, sem ousar interromper.
O Sr. Henrique então concluiu, em tom seco:
— Isso é puro masoquismo. Mandem impedir esse menino. Não quero que vá atrás dela e arrume confusão. Prometi a Beatriz que controlaria Gabriel, mantendo-o afastado dela. — Ordenou o Sr. Henrique.
O mordomo assentiu e ligou para os seguranças. A resposta veio rápida:
— O Sr. Gabriel não saiu de casa, nem pegou o carro.
Ele lançou um olhar para o Sr. Henrique e voltou a falar ao telefone:
— Procurem saber onde ele está.
Os seguranças