Beatriz havia convidado de propósito aqueles dois para jantar em sua casa e ainda cozinhara pessoalmente, preparando uma mesa farta...
Dizer que Gabriel não sentia ciúmes era impossível. Ele chegava a imaginar jogar Daniel e Eduardo no mar, para que se mantivessem para sempre longe de Beatriz.
Mas isso era apenas um devaneio que lhe trazia um alívio momentâneo. Na realidade, não podia fazer nada disso.
A lembrança daquela foto voltava à sua mente: cada prato, cada detalhe da mesa, todos familiares, todos já feitos por Beatriz para ele no passado.
E também vinha à tona a cena de quando voltava para casa e era recebido pelo sorriso dela… Sorriso que ele tantas vezes respondeu com frieza e sarcasmo.
Suas mãos, apoiadas nos joelhos, se fecharam com tanta força que os nós dos dedos ficaram brancos.
Gabriel mordia o lábio inferior, desejando mil vezes poder atravessar o tempo e socar o próprio rosto do passado.
Tudo o que acontecia agora era fruto das próprias escolhas. Ele merecia. Ele mesm