Com a ajuda dele, Letícia chegou até a sala de descanso nos bastidores. Entrou para trocar de roupa, enquanto Renato mandava alguém buscar remédios.
Quando saiu, não esperava encontrar o homem ainda ali, segurando um spray e uma faixa de gaze nas mãos.
É claro que não imaginava que uma figura como Renato fosse se dar ao trabalho de cuidar pessoalmente do seu ferimento. Por isso, estendeu a mão para pegar os itens.
— Obrigada. — Disse.
Renato lhe passou os objetos e perguntou:
— Precisa que eu peça alguém para levá-la ao hospital?
Letícia balançou a cabeça.
— Não é nada sério. Descansando um pouco já melhora.
Ele assentiu. Prestes a se retirar, Letícia olhou para a sua silhueta e, de repente, deixou escapar:
— Ei…
O som saiu, mas ela parou logo em seguida, sentindo-se um pouco sem jeito. Antes, falaria assim sem pensar. Mas agora, depois de ter recebido ajuda, soava indelicado.
Quando Renato virou-se de volta, ela corrigiu:
— Sr. Renato.
Ele a encarou em silêncio.
— O senhor me ajudou p