— As provocações dela contra você... O fato de ela ter se mudado pra nossa casa de propósito... Tudo que ela te fez... — Gabriel murmurava, hesitante.
Ele não era alguém que nunca acreditou.
Ele era alguém que não se permitia acreditar.
Tinha medo de encarar a verdade, medo de aceitar o quão fundo tinha afundado.
Mesmo agora, ainda procurava desculpas, tentando encontrar algum detalhe que o redimisse, que provasse sua inocência.
Porque, no fundo... Ele sabia...
Se não encontrasse nada, se fosse obrigado a encarar os próprios erros...
Então ele e Beatriz realmente não teriam mais nenhum futuro.
— Enganado coisa nenhuma. — Beatriz soltou um riso frio. — Você amava tanto ela que, se ela dissesse que um mais um era três, você jurava que tava certo.
Ele vinha agora se justificar? Tarde demais.
Então era isso?
Ou ele era completamente burro...
Ou o cérebro tinha sido devorado por algum zumbi.
— Não! Eu não amava ela! A mulher que eu amo é você, Beatriz! — Gabriel disse com a voz embargada, o