— Você quer dizer que o Gabriel é inocente? Quer convencê-la a voltar, pedir perdão por ele? — A voz do Sr. Henrique era cortante. — E me diga: onde exatamente ele foi inocente? Aquelas coisas que ele fez com a Beatriz... Alguém colocou uma faca no pescoço dele e obrigou?
— Mas se não fosse pela Vitória, o Sr. Gabriel não teria agido assim com a Srta. Beatriz. — Murmurou o mordomo, hesitante.
— Não existe esse “se”! — Respondeu o Sr. Henrique com firmeza. — Vitória voltou ao país. Isso é um fato. E, sendo quem é, ela inevitavelmente causaria intrigas e confusão. Vitória é desprezível, sim. Mas Gabriel também é. Se deixou manipular de forma vergonhosa. Não quis ouvir ninguém. Não buscou a verdade. Apenas acusou e machucou. E o pior: é o CEO da sede do Grupo Pereira. Que vergonha.
Conforme falava, o Sr. Henrique ficava cada vez mais irritado. A ponto de começar a respirar com dificuldade.
Ele achava que, depois dos traumas que Gabriel viveu no ensino médio, já não lhe daria mais dores de