A vida de Clara Isabel é afetada assim que conhece o seu parceiro de dança, apaixona-se imediatamente enquanto ele lhe esconde que é um homem de negócios muito respeitado. José Luís é um homem egocêntrico e mulherengo, há vários meses que se quer aproximar dela. Ele finge amá-la, e ela sente amor por ele, acreditando que o que ele lhe mostra é verdade. Até que um dia se casam, e é aí que ela descobre as verdadeiras intenções do marido e começa a sofrer ao perceber que, para ele, ela é apenas parte de uma vingança. Uma noite foi o suficiente para o conhecer e se apaixonar por ele, uma noite foi o suficiente para ele arruinar a sua vida. O que acontece quando se dá por si sozinha, grávida e sem emprego para ajudar a sustentar o filho de um milionário? Anos mais tarde, ela regressa acompanhada por um rapazinho e, sem saber, trabalha na mesma empresa que o marido. Ao descobrir a existência do filho, ele enlouquece e tenta reentrar nas suas vidas, mas será assim tão fácil obter o perdão de uma mãe cujo filho está doente e que lutou para o criar sem a ajuda do pai?
Ler maisDois amigos chegam à festa prontos para desfrutar do ambiente, mas não esperavam encontrar ali o amor das suas vidas até serem convidados a dançar no momento em que os viram entrar na sala.
Antes de os rapazes desistirem e optarem por sair, ouviram a melhor resposta da noite.
Claro que podem juntar-se a nós, meus senhores", disse uma das raparigas. -disse uma das raparigas, enquanto a outra jovem a olhava com um olhar assassino, mas a amiga não lhe deu atenção e pegou logo na mão de Alberto e puxou-o para a pista de dança, enquanto José Luís se colocava à frente da rapariga tímida.
- Vamos dançar?", perguntou ele, com algum receio de que ela dissesse que não e o deixasse num embaraço total.
- Claro, porque não, se vim aqui para me divertir. -disse ela com um sorriso.
- Meu Deus, esta mulher tem um sorriso tão bonito que até eu me sinto contagiado por ele. -pensou ele na sua mente. -Pegou nela pela mão e foram para a pista de dança mexer os esqueletos durante algum tempo.
- Como é que te chamas? -O homem bonito quis saber, aproximando-se do ouvido dela quando já dançavam há algum tempo ao som de uma música cativante.
- O meu nome é Clara Isabel.
- Uau, que nome bonito, assim como quem o carrega. -Ela corou e ficou nervosa quando ele lhe disse.
Ela está tão linda assim, é uma pena que o meu objetivo não seja deixar-me conquistar por ela, porque com aquele sorriso de anjo, qualquer um se apaixonaria. Mas isso não vai acontecer comigo, a beleza dela não vai ter qualquer efeito em mim. -Comenta para si próprio.
- Obrigado pelo elogio, e como é que te chamas? -perguntou-lhe ela.
O homem queria mudar de nome para que ela não soubesse qual era o seu verdadeiro nome, mas optou pela verdade total, ela não faz a mínima ideia de quem possa ser este homem.
- É um prazer conhecê-la, Clara Isabel, o meu nome é José Luís. Apresentou-se também.
A música continuava a tocar e a conversa era muito agradável, mas a sua parceira de dança já não podia continuar a dançar porque dizia que um dos seus sapatos a incomodava, e ele, como homem conhecedor da matéria, virou-se para olhar para os seus pés.
- Bem, não admira que não aguente, rapariga, tem saltos muito altos e à primeira vista vê-se como são desconfortáveis.
- Sempre me perguntei como é que as mulheres aguentam andar ou estar de pé durante longos períodos de tempo quando usam sapatos tão altos? - comentou ele quando finalmente decidiram sentar-se. Ela sorriu ao ver a ternura dele para com ela.
- Ser mulher implica um grande sacrifício, já estou habituada a usar este tipo de sapatos, mas esta é a primeira vez que os uso e parece que me fizeram uma bolha no dedo mindinho do pé. -respondeu a rapariga enquanto tirava o sapato e esfregava o dedo mindinho, que já estava vermelho.
- És muito bonita, Clara Isabel. Imagino que muitas pessoas, incluindo pessoas do teu próprio sexo, te tenham dito isso. -disse ela.
- Ufa, as coisas que tenho de dizer só para ganhar a confiança deles. -Pensou ele na sua mente.
- Obrigado, tu também não és nada mau.
- Ótimo, estou a chegar lá. - Achas que podemos manter-nos em contacto, quer dizer, como amigos, para podermos ir a festas juntos? perguntou-lhe ele quando ela estava prestes a sair com a amiga e outro tipo.
- Claro, escreve o meu número de telefone. -O rapaz tirou imediatamente o telemóvel do bolso das calças e escreveu-o quando ela lho ditou.
- Oh rapariga, nem imaginas a quem deste o teu número de telefone, sei que um dia te vais arrepender de o ter feito! - exclamou ela em segredo.
...
Clara Isabel considera-se uma pessoa muito simpática, romântica e sobretudo divertida. Vive sozinha num apartamento que comprou com o dinheiro que o pai tinha poupado e que ela assumiu após a sua morte.
Trabalha a tempo parcial numa ourivesaria, porque ainda está a estudar e a situação a isso a obriga. Está muito contente com o rapaz que conheceu ontem à noite na festa, pois acha-o muito atraente e chamou logo a sua atenção. Felizmente, convidou-a para dançar e, no final da festa, o rapaz pediu-lhe o número de telefone para continuarem a comunicar e ela deu-lho de bom grado, na esperança de que ele não lhe tenha mentido e que lhe ligue mesmo, pois está muito interessada nele.
Hoje é domingo, por isso Clara Isabel tem o dia de folga e tem de fazer a limpeza geral do apartamento. Passa todos os domingos a fazer isto, porque não lhe sobra tempo durante a semana, uma vez que vai à universidade de manhã e passa a tarde no seu local de trabalho.
Clara Isabel está atualmente a estudar engenharia informática numa universidade pública da zona. O seu pai era professor nesta área e talvez por isso ela também seja apaixonada por esta área e a tenha escolhido.
Como vive sozinha no seu apartamento e ninguém a visita, para além da sua amiga Yeni, aproveita o seu dia de folga para passear em roupa de dormir, para se sentir mais confortável.
O seu telemóvel recebe uma mensagem de texto e ela corre a lê-la para ver de quem se trata, pois está à espera que o desconhecido lhe escreva.
- Como está a rapariga dos saltos altos desconfortáveis? -Ela sorri e dá saltos de excitação porque sabe que é a mensagem de que estava à espera.
- Olá, estou bem, graças a Deus. - E tu? - Responde à pergunta, mas espera que passem alguns minutos para que ele não se aperceba de que ela estava à espera ansiosamente que ele lhe escrevesse ou telefonasse.
- Bem, estou ansiosa por o voltar a ver para conversarmos e para me contar tudo sobre si.
- Para mim, será uma honra conversar consigo.
- E se eu a convidasse para jantar esta noite?
- Bem, a verdade é que tenho de estudar porque amanhã tenho um exame na universidade, mas não faz mal, eu aceito o convite.
- Bem, se me deres a tua morada, eu vou buscar-te.
- Não, é melhor ir de táxi para evitar que te dês ao trabalho de vires até aqui por minha causa.
- Mas o que estás a dizer, minha querida, não me custa nada fazê-lo. Mas se queres que seja assim, não te vou obrigar. Fica com o meu número de telefone para me poderes ligar se chegares antes de mim.
...
A rapariga estava muito feliz porque o rapaz bonito a tinha convidado para sair. Apressou-se a terminar as tarefas domésticas, quando terminou, pegou nos seus livros e sentou-se no sofá para estudar um pouco, depois tomou um banho e vestiu um vestido verde menta e combinou-o com sandálias pretas, apanhou um táxi e deu ao motorista o nome do restaurante a que ia e que minutos antes o rapaz lhe tinha enviado por mensagem de texto.
Nessa noite, falaram muito pouco, porque Clara Isabel teve de regressar cedo ao seu apartamento para continuar a rever os conteúdos para o exame do dia seguinte. Mas ambos gostaram da noite, embora tenha sido a rapariga quem mais gostou, porque o rapaz só tinha em mente o seu plano de vingança.
O rapaz ofereceu-se para a levar a casa dele e ela aceitou que ele o fizesse, porque àquela hora tinha medo de viajar sozinha num táxi. José Luís chegou à sua enorme casa, depois de ter deixado a jovem no seu apartamento, serviu-se de um shot de vodka e brindou à sua solidão.
- Muito bem, José Luis, estás a ir muito bem, estás a conseguir o que pretendias com essa rapariga. -dizia o jovem mentalmente, já que ninguém mais sabe o que ele planeia fazer com a rapariga e, por isso, não pode contar a ninguém como correu o seu primeiro encontro com a nova conhecida.
Passou uma semana e todos os dias ele enviava-lhe mensagens de texto ou fazia videochamadas, mas só à noite, porque durante o dia ela não pode falar porque está no trabalho ou na universidade.
Até agora, ele não lhe quis dizer onde trabalha e qual é a sua verdadeira situação económica, pois sabe que ela desconfiará da sua família se descobrir que ele é o proprietário das empresas "Exportadora del Atlántico".
Quando a rapariga lhe perguntou o que fazia na vida, ele disse-lhe que era assistente pessoal de um homem super milionário e que, como ganhava muito dinheiro e era solteiro, se dava a todos os luxos que quisesse, e a rapariga, tão ingénua, acreditou.
Faz hoje dois anos que o tio de José Luis foi formalmente acusado e condenado a prisão perpétua. Mas, devido à sua doença e aos cuidados médicos pírricos que recebeu na prisão, morreu há dois meses.Antes de morrer, pediu às autoridades um último desejo, que lhe permitissem comunicar com o seu sobrinho José Luis. Mas este recusou, pois ainda estava magoado e tinha jurado nunca lhe perdoar.No entanto, no seu momento de agonia, o seu desejo foi satisfeito e José Luis foi vê-lo na clínica onde passava as suas últimas horas de vida. Ele não queria, por causa de todo o ódio que guardava no seu coração, mas tinha-se esquecido de que era casado com a mulher mais bondosa do mundo, aquela que, apesar de tudo o que tiveram de passar por causa daquele tio malvado, pediu ao marido que atendesse ao apelo do moribundo, para que todos tivessem paz nos seus corações.O homem chorou ao ver o sobrinho chegar finalmente, pediu-lhe perdão por todo o mal que lhes tinha causado. Também à sua frente, pediu
Foi também presente à sala de audiências o seu tio, que se encontra numa cadeira de rodas, pois há poucos meses foi-lhe diagnosticada uma doença avançada de açúcar no sangue (diabetes), que teve uma recaída imediata e levou à amputação de ambos os membros e de dois dedos da mão direita.Clara Isabel, apesar de odiar o homem por ter matado a sua família, sentiu pena de o ver numa situação tão miserável, completamente dependente de outra pessoa. As autoridades encontraram-no em casa e capturaram-no.-Tens alguma coisa a dizer-nos sobre a nossa separação, tio? perguntou o irmão mau, referindo-se a ele e a José Luís.Filho, eu criei-te, tomei-te como o filho que nunca tive. Não quero que te humilhes perante este sacana que....-Chega tio, só quero que nos contes o que aconteceu, os nossos pais já não estão cá para nos contar, tu fizeste com que eles já não estivessem neste mundo.-Este idiota já te envenenou a mente, não acredites em nada do que ele te diz, ele é um milionário imundo e tu
À medida que os dias passam, o pequeno Toni continua com o tio, é muito inteligente e sabe que o homem mau que o trouxe não é o seu pai, mas mesmo sabendo que este homem não é o seu pai, continua a não dizer uma palavra sobre isso, com medo que ele o possa magoar, e também não quer preocupar a sua mamã.Como é que ele descobriu que o homem que o leva para todo o lado não é o seu verdadeiro pai?Muito facilmente, esse homem não é nada carinhoso com ele, como o seu pai. Era apenas um bocadinho quando o tirou da mãe, sob falsos pretextos, para o levar consigo. O homem nem sequer lhe dá a mão quando saem, não se importa que o rapazinho caia e se magoe, a companheira do homem trata muito mal o rapazinho e o tio não faz nada para o impedir.A família e as autoridades continuam à procura do pequeno Toni, depois da chamada que localizaram e que acabou por ser uma busca falhada, não conseguiram localizá-los novamente, porque o homem se tornou muito cauteloso e não deixa o bebé falar durante ma
Logo encontraram uns papéis que lhes chamaram a atenção por terem o logótipo da medicina, abriram o envelope selado e nele aparecia o nome de uma clínica muito famosa nos dias de hoje, e sim, encontraram a certidão de nascimento de José Luís, dentro do envelope há também um bilhete escrito com a letra do pai, nele contam a história de quando se conheceram e como foi a sua reação quando descobriram que estavam à espera de um bebé quando lhes tinham dito que nunca poderiam ser pais devido a um problema que supostamente a mãe dele tinha.Mas a alegria deles foi ainda maior quando descobriram que não era apenas um bebé que estava a caminho, eram dois bebés que se desenvolveram e ficaram no ventre da mãe durante nove meses, mas que no dia do parto, infelizmente, houve complicações e um deles não sobreviveu. -Clara Isabel leu para José Luís e cada um interpretará à sua maneira.-Não percebo como é que este homem apareceu e jura que é teu irmão gémeo, se os teus pais dizem que ele morreu à n
Unidos por um único objetivo e uma boa causa, encontrar respostas para o desaparecimento do filho, o ex-marido e a mulher vasculham os papéis dentro de um cofre, o mesmo que não foi aberto desde que José Luís foi nomeado herdeiro legítimo de todos os bens e contas bancárias que os pais deixaram em seu nome antes de morrer às mãos do seu próprio familiar.Esse cofre pertencia ao seu pai e, na leitura do testamento que foi feito quando atingiu a maioridade, dizia-se onde estava guardada a chave para que o filho a abrisse e lá colocasse os papéis mais importantes da sua vida.-Há algum problema, pequenino? Vejo que não estás à vontade. -perguntou José Luis, vendo que ela acariciava a barriga e até se mexia para um lado, talvez por causa da forma como os filhos se mexiam dentro dela.-Estou bem, são os bebés que não param de se mexer.-Porquê? - perguntou o homem, enquanto as suas mãos morriam de vontade de acariciar aquela barriga linda e enorme.-Eles sentem a tua presença, bem, foi iss
No final da conversa, reuniram-se todos na sala de estar da casa, onde contaram à polícia a chamada que o pequeno Toni tinha feito e, quase de imediato, um grande número de polícias chegou à mansão, trazendo consigo um aparelho que podia facilmente detetar a localização do número de telefone, bastando uma chamada de pelo menos três minutos para saberem o seu paradeiro.Era essa a estratégia de José Luís quando disse às raparigas para dizerem ao filho que lhe ligariam dentro de alguns minutos. O seu objetivo era ter aqui os peritos para procederem à respectiva investigação do caso.-Recomendo que lhes liguem de volta, presumo que não vão devolver o telemóvel ao menor para ele ligar. -disse o agente.-Faça-o menina, mas se ele atender, por favor tenha muito cuidado com o que lhe diz. Não digas ao nosso filho que o pai dele não é esse homem. -José Luís está muito nervoso, e não é para menos.Minha amiga, se o meu sobrinho lhe disser algo que não lhe agrade, controle-se, não se enerve por
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