A mansão era bela, sim. Impecável, silenciosa, imensa. Mas fria. Isabella não sabia dizer se era a arquitetura austera, os corredores vazios ou a ausência de Romeu por dias seguidos, talvez tudo isso. Era como habitar um museu: bonito de olhar, mas impossível de chamar de lar.
Foi por isso que ela passou a caminhar mais. Explorava os arredores com seu caderno de esboços debaixo do braço e uma curiosidade infantil nos olhos. Havia trilhas entre as vinhas, caminhos de terra entre oliveiras centenárias e, mais adiante, quase no limite da propriedade, uma pequena clareira. Ali, escondida entre árvores e arbustos perfumados, ela a encontrou. A cabana.
Seu coração deu um salto, desses que só se sente quando algo nos pertence antes mesmo de o sabermos. Era uma construção r