A estrada sinuosa serpenteava entre colinas cobertas de vinhedos e campos dourados, tingidos pelo sol de fim de tarde. O carro desacelerou ao dobrar uma curva, e foi então que Isabella o viu: no alto de uma colina solitária, recortado contra o céu azul-queimado, erguia-se o castelo.
A propriedade de Romeu no Vale d’Orcia não era uma simples casa de campo. Era quase um castelo medieval, com suas torres de pedra antiga, janelas em arco e parreiras subindo pelas muralhas como dedos verdes tentando acariciar o tempo. A opulência da construção a deixou desconcertada. Bela demais, imponente demais. Como tudo o que vinha dele.
Ela desceu do carro devagar, sentindo o calor da terra sob os pés, o perfume intenso de ciprestes misturado ao aroma do campo recém-colhido. A brisa da Toscana era morna, suave,