Aos poucos, Isabela foi voltando a si, não por Romeu, e nem pelo que haviam vivido. Mas por ela mesma.
Retomar a amizade com Bia, sua amiga de infância, foi como reaprender a respirar. Encontravam-se quase todos os dias, em cafés pequenos da cidade, longe dos olhares que circulavam a mansão e as galerias. Com Bia, Isabella não precisava fingir. Podia chorar, rir e até ficar em silêncio sem se explicar.
— Eu acho que você o ama, Isa — disse a amiga numa dessas tardes, enquanto mexia o capuccino com uma colher dourada. — Mas isso não basta, né?
Isabela abaixou os olhos. Um nó na garganta. Amor? Talvez. Mas se era amor, por que doía tanto?
Naquela noite, ao voltar para casa, e