Lucas não teve outra escolha a não ser procurar Mariana.
Ela passava os dias entre a cama e a janela. Quando não estava deitada, costumava ficar sentada olhando para fora.
Lucas não sabia o que ela tanto observava. Tentava puxar conversa, mas, não importava o que dissesse, recebia sempre o mesmo silêncio em resposta.
Ele tinha plena consciência de que o que havia feito era inaceitável para Mariana. Mas, diante da perspectiva de vê-la partir, Lucas preferia mil vezes mantê-la ao seu lado, mesmo que isso significasse aprisioná-la.
— Mariana. — Lucas se agachou ao lado dela, pousando a mão grande sobre os joelhos dela enquanto a olhava de baixo para cima. — Meu avô me ligou. Ele disse que está com suas saudades. Você pode responder para ele?
As pestanas de Mariana estremeceram levemente antes de ela baixar os olhos para encará-lo.
Ao perceber a reação, Lucas se apressou:
— Mas, olha, vamos combinar uma coisa. Não conte nada para ele, está bem? Você sabe como ele é, e a saúde dele não está