— Essa pulseira dessa mulher não é igualzinha àquela que o Presidente comprou a preço de ouro para a companheira dele? Hoje é a primeira aparição da Luna do Presidente, e essa mulher aparece com uma pulseira falsificada só para envergonhar a nossa Alcateia?

— Oscar, ela é sua amiga?

Oscar, vendo que eu continuava sem sequer olhar para ele, ajustou o nó da gravata e respondeu com calma:

— Não.

Ao ouvir isso, Hailie pareceu animada, olhou para mim com ar de superioridade:

— Tire a pulseira agora e saia daqui!

Olhei para ela com tranquilidade e confirmei:

— Você tem mesmo certeza que quer que eu vá embora?

Minha expressão a deixou ainda mais furiosa. Na cabeça dela, eu deveria estar chorando, implorando para que ela não me expulsasse.

O olhar dela se tornou mais duro e, em voz alta, disse:

— Para de fingir! Tira logo essa pulseira!

No segundo seguinte, ela avançou para arrancar minha pulseira.

Afastando a mão dela que tentava me agarrar, recuei para evitar que se aproximasse.

De repente, alguém me passou uma rasteira.

Caí no chão, atordoada.

Hailie pisou na minha mão, arrancando a pulseira do meu pulso à força.

— Uma porcaria dessas só serve de tesouro para gente baixa como você.

Meu braço, sob o peso do sapato dela, ardia de dor; o dorso da mão já estava todo ensanguentado.

Mesmo assim, fiquei ali, olhando para a pulseira arrebentada e para as pedras espalhadas pelo chão.

— Levem ela daqui, joguem-na fora!

Hailie ordenou, cheia de arrogância.

Imediatamente, várias pessoas se aproximaram. Quando vi que iam segurar meus braços e pernas, eu disse rapidamente:

— Parem, eu sou esposa do...

Antes que eu pudesse terminar, Hailie me deu um tapa no rosto.

— Vai inventar de novo que é amante do Presidente? Você acha mesmo que merece?

Dizendo isso, Hailie, ainda não satisfeita, me deu outro tapa com as costas da mão.

Senti minha Loba interior rosnar ameaçadoramente, querendo sair e despedaçá-la.

Não era minha intenção, ao voltar, me importar com ela.

Porque eu estava feliz, não precisava me rebaixar ao nível dela.

Mas agora, jurei a mim mesma que ela pagaria caro pelo que fez.

Oscar se agachou à minha frente, tentando tocar o ferimento do meu pulso, mas eu imediatamente me afastei, por instinto.

Ele me olhou friamente:

— Ofina, já terminou seu show?

— Hoje, você trouxe uma pulseira falsa, se vestiu desse jeito para a festa, só porque viu que eu estou em ascensão e quer chamar minha atenção, tentar me reconquistar, para que eu te mantenha por perto, não é?

— Se você implorar para mim agora, eu resolvo isso para você e ainda permito que fique comigo depois.

Dei uma risada fria e respondi:

— Oscar, você está se achando demais.

Oscar franziu a testa, estava prestes a responder, mas percebeu que o ambiente ficou subitamente mais silencioso.

Todos começaram a arrumar a aparência, os olhos fixos na entrada da festa.

Oscar rapidamente me puxou para cima e falou baixo:

— O Alfa e os convidados de honra estão chegando, é melhor você se comportar! Mas fique tranquila, eu e Hailie já cancelamos o registro de companheiros, posso te dar outra chance.

Olhei para ele sem entender, mas já não me importava com o que ele e Hailie tinham entre si.

Massageando meu ferimento, que ainda latejava de dor, só conseguia achar aquele homem cada vez mais repulsivo.

Nesse momento, Ryan entrou, cercado por todos, com o filho nos braços.

Chegando ao salão, o menino logo quis sair do colo do pai.

O adorável garoto, ao aparecer, atraiu imediatamente todos os olhares; os serviçais atrás dele o seguiam atentamente, receosos de que ele caísse.

Oscar então se virou para mim e disse:

— Ofina, se você parar de provocar a Hailie, posso perdoar seu desaparecimento de três anos. A sua oportunidade é me dar um filho, um filho só nosso.

Ignorei-o, meus olhos se encontraram com os de Ryan e da criança no meio da multidão.

No mesmo instante, os olhos deles se iluminaram.

Logo, Ryan acompanhou o filho, caminhando até mim.