Capítulo 5
O homem, normalmente decisivo e frio, exibiu um leve sorriso no momento em que me viu.

A adorável criança lançou-se nos meus braços, mas ao ver minha mão ensanguentada, perguntou preocupada:

— Mamãe, como você machucou a mão? Alguém fez mal pra você?

Um simples "mamãe" atraiu todos os olhares presentes, e ouvi o som coletivo de suspiros surpresos.

Os convidados, que até há pouco me olhavam friamente e zombavam de mim, arregalaram os olhos, incrédulos.

Meu filho sempre percebia com exatidão qualquer alteração em mim, característica essa idêntica à de seu pai.

O cuidado dele me aquecia o coração, fazendo desaparecer todo o desânimo que sentira antes.

Acolhi-o com carinho nos braços, beijei sua bochecha macia e disse baixinho:

— Estou bem, não se preocupe.

Meu filho, porém, pegou minha mão com cuidado, assoprando levemente sobre o ferimento com o rosto cheio de compaixão e os olhos se enchendo de lágrimas.

— Como pode estar bem? Mamãe, me diga, quem ousou te machucar?

Embora sempre tenha
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