POV: Dominic Castellan
Acordei com o celular tocando como se estivesse pegando fogo.
— Que merda... — resmunguei, tateando a mesa de cabeceira até encontrar o aparelho. Era o Gael. Às seis da manhã. De novo.
Rejeitei.
Na sequência, dez mensagens de Danilo. Planilhas, gráficos, três PDFs e um áudio com quase três minutos. Suspirei. Um ótimo jeito de começar a merda do dia.
Levantei.
Não era como se eu tivesse o luxo de enrolar na cama. Os acionistas não param, os números não mentem e o relógio sempre me cobra primeiro.
Vesti meu terno preto impecável.
Colete ajustado.
Gravata milimetricamente centralizada.
Camisa branca engomada.
Calça alinhada.
Sapatos tão engraxados que dava pra ver meu reflexo.
Passei o perfume de sempre. O espelho me devolveu o olhar frio. Confiante. Implacável.
O carro me esperava na garagem. O caminho até o escritório foi silencioso. Como eu gosto.
A entrada da sede da Castellan Holdings era uma passarela de olhares famintos alguns de admiração, outros de p