POV Eva Monteiro
A fachada da VÉRTICE era um escândalo. Letreiro de LED branco, fachada espelhada, luz azul acesa em neon. Segurança bombado na porta — o tipo que dá medo só de existir. Camila e eu trocamos um olhar cúmplice. Estávamos prontas pra tudo. Ou quase tudo.
O problema começou quando a gente entrou.
Porque aí… o clima mudou.
Era uma balada… ou uma boate de striptease?
Lá dentro, o espaço era imenso. Devia comportar fácil mais de 200 pessoas, com sobra pra quem quisesse dar uma volta sambando de salto 15.
A entrada dava direto num corredor no piso superior. À direita, salas VIP com paredes de vidro espelhado — por dentro se via tudo; por fora, nada. Ambiente perfeito pra predador… ou mafioso. Já vi muito disso por aí. Gente que lucra com o proibido em lugares cheios de neon e batida alta.
A escada principal descia pra pista de dança. Bem no centro: um bar iluminado, bonito, com fileiras de garrafas que pareciam exposição de joia cara. O barman era um charme — alto, tatuado,