A luz suave da manhã atravessava as cortinas da sala, espalhando um brilho quente pelo ambiente. Era um dia comum, daqueles que não prometem grandes acontecimentos, mas que guardam nas entrelinhas um aconchego especial. Eduardo estava na cozinha, preparando o café, enquanto Helena descansava no sofá, enrolada em uma manta macia, os olhos fixos em um livro que mal conseguia absorver.
— Você acha que a rotina pode ser um tipo de paz? — perguntou ela, fechando o livro com um suspiro.
Ele sorriu, servindo as xícaras.
— Paz é poder estar aqui com você, em qualquer rotina.
Helena olhou para ele, os olhos brilhando com uma mistura de carinho e algo mais profundo, quase um convite silencioso. Eduardo percebeu, e um calor súbito se espalhou pelo seu peito.
— Eu preparei algo para hoje — disse ele, aproximando-se e segurando a mão dela —. Nada de viagens ou mistérios. Só a gente, sem pressa.
Ela sorriu, entrelaçando os dedos aos dele.
— Gosto dessa ideia.
O dia passou preguiçoso, com risadas so