Eduardo se mexeu na cama, ainda entorpecido pela noite anterior, e esticou o braço até o celular no criado-mudo. Olhou a tela por reflexo, sem esperar nada.
Mais havia uma mensagem nada comum.
Mas o remetente era anônimo.
E a linha do assunto parecia um soco no estômago.
Assunto: “Ela não é o que parece.”
“Grupo L&R. Reconhece esse nome? Olhe o anexo. A filha do dono dorme na sua cama.”
Ele piscou, sentando-se devagar. Os olhos se arregalaram.
Grupo L&R.
O nome pulsou em sua cabeça como uma bomba prestes a explodir.
Abriu o anexo. Um PDF simples, sem firulas.
Contrato social. Proprietário: Lúcio Ribeiro da Costa.
O sangue gelou.
Essa empresa tinha ferrado com ele no passado.
Lá no começo, quando ele ainda tentava se firmar no mercado, foi a L&R que jogou sua proposta no lixo, puxou seu projeto debaixo dos pés e enterrou sua primeira grande oportunidade com uma jogada jurídica suja. Foi um baque que quase matou sua carreira antes de começar.
E agora…
A filha do dono daquela empresa dor