O tempo parecia ter parado. O pequeno teste descansava sobre a penteadeira, como se pesasse toneladas. As mãos tremiam levemente, e o coração batia num compasso desordenado, misturando ansiedade, medo e algo que não sabia nomear. O silêncio do quarto se tornava ensurdecedor, e cada segundo que passava parecia mais longo do que o anterior.
A vontade era de sair dali, fugir daquilo, fingir que nada estava acontecendo. Mas o olhar sereno e firme de dona Francisca ainda ecoava na memória “tire a dúvida de uma vez”. Aquela mulher tinha um sexto sentido infalível, um instinto quase maternal que nunca falhava.
Um suspiro escapou, e o corpo relaxou um pouco quando a respiração voltou a se firmar. O relógio sobre a parede marcava três minutos intermináveis. O teste repousava virado para baixo, como se manter os olhos afastados do resultado pudesse adiar a verdade.
Foi nesse momento que uma batida suave soou na porta.
— Pode entrar — disse, a voz soando mais calma do que o coração realmente sen