— Não entendo o que a sua meia-irmã faz tão próxima do meu primo. — disse com firmeza. — Mas, seja o que for, precisamos ficar preparados.
Se Gael estava desconfiado, havia motivo. Conhecia aquele olhar dele: atento, calculista, sempre tentando antecipar os movimentos de quem o cercava.
Enquanto seguíamos pelo salão, os pensamentos se embaralhavam. O que Rafaelly poderia ganhar estando tão próxima de Lorenzo? Ambos tinham um brilho semelhante nos olhos, quase malicioso. Não conseguia afastar a sensação de que estavam tramando algo maior.
O tempo passou rápido, embalado pela música suave da orquestra e pelo burburinho dos convidados. Conversávamos com alguns conhecidos de Gael quando, de repente, percebi Rafaelly e Lorenzo se aproximando. Caminhavam juntos, com passos seguros, exibindo sorrisos calculados.
— Olhem só. — Rafaelly foi a primeira a falar, cruzando os braços e me encarando de cima a baixo. — Vocês dois até parecem um casal de verdade.
A provocação caiu como um estilhaço n