O jeito que Leandra cruzou os braços e me encarou me deixou alerta. O tom dela tinha aquela mistura de irritação, receio e um pouco de ciúme que só aparecia quando algo a incomodava de verdade. E, sinceramente, Paulina era o tipo de incômodo que ninguém precisava.
Respirei fundo antes de me aproximar dela.
— Amor… calma. — toquei seu braço devagar. — Vou ver o que está acontecendo. Prometo que não vou deixar ninguém te aborrecer.
Leandra ergueu uma sobrancelha, ainda séria.
— Ela está na nossa casa, Gael. Na nossa casa.
— Eu sei — respondi, acariciando sua cintura com cuidado, tentando aliviar a tensão. — Já volto. Não vou deixar que ela estrague o nosso momento.
Antes de sair, dei um beijo demorado em sua testa. Ela suspirou, mas pareceu aceitar. O suficiente para que eu conseguisse sair dali sem que ela fosse atrás.
Assim que deixei o quarto, meu humor mudou instantaneamente. Minha casa era meu templo, meu espaço seguro, o espaço seguro dela. E ver Paulina invadindo isso só reforçav