Gael Lubianco
Saímos da clínica com aquele ar de leveza que só um ultrassom perfeito proporciona. Eu segurava o envelope com as fotos das meninas como se carregasse ouro puro e, honestamente, era ainda mais valioso que isso.
Leandra caminhava ao meu lado, serena, mas havia algo nos olhos dela… um misto de alívio e preocupação. Sabíamos que viveríamos um momento especial da gestação, mas o mundo lá fora não parava porque estávamos felizes. Lorenzo estava agindo. E eu precisava estar preparado.
As pequenas mãos dos meninos seguravam as nossas enquanto atravessávamos o estacionamento.
— Papai… — Bruno puxou minha calça — a gente vai comê?
— Vamos sim, filho. — respondi bagunçando seus cabelos. — Vocês querem comer o quê?
— Batata. — Breno disse imediatamente.
— E hambugui. — Bruno completou, com o “r” embolado que eu adorava.
Olhei para Leandra, que riu.
— Eles são viciados nisso.
— Eu também. — pisquei. — Então está decidido.
Coloquei todos no carro e seguimos. Durante o caminho, Lean