Ela estava extremamente agitada e demorou alguns segundos para se acalmar. Com cuidado, abriu uma pequena fresta na cortina para olhar lá embaixo e percebeu que Roberto ainda estava lá, olhando para cima, como se a tivesse visto.
Jaqueline, como um cervo assustado, fechou rapidamente a fresta da cortina.
"Ele subiria as escadas até aqui?", pensou Jaqueline, enquanto pegava o celular e discava o número dele.
Ela havia bloqueado o número de Roberto, então ele não conseguia ligar para ela, mas ela podia ligar para ele, a menos que Roberto também a tivesse bloqueado.
Até que, do outro lado da linha, se ouviu o som de uma chamada sendo completada, provando que Roberto não havia bloqueado o número dela.
Após alguns segundos, uma voz masculina profunda respondeu:
— Alô?
— Roberto, você realmente é um perseguidor, veio até a minha casa!
— Tem certeza que sua casa é aqui? — Perguntou Roberto, sombriamente.
— Qualquer lugar onde eu moro é minha casa. Eu decido onde é minha casa. Por que você