O que Não Conhecia...
ELA
A Luna humana tinha razão.
O cérebro tem mecanismos para nos manter funcionais mesmo em meio a mais profunda dor.
O tempo passou e me senti anestesiada, sabia que a dor estava ali, mas qualquer coisa me distraia, até virem as lembranças e eu começar a chorar de novo…
Passamos a noite acampados na fronteira do que um dia foi o meu clã. Investigadores e farejadores trabalharam com dedicação e pouco descanso em busca de pistas.
Os lobos me olhavam de soslaio, eu podia ver a “pena” que sentiam, tanto no olhar quanto nos gestos, na maneira em que falavam baixo, ou que escondiam risos aleatórios no meio de uma conversa, temendo me magoarem por simplesmente estarem vivendo.
É muito estranho se dar conta de que, por maior que seja a dor que sentirmos, a vida segue adiante. Eu não desejava o meu luto a ninguém, mas ter consciência de que ele era só meu, me fazia sentir solitária.
Orium vinha a todo momento ver como eu estava, e a cara de dó dele estava começando a me incomodar. As suas ten