— O quê?
Vincenzo ficou pálido, com o peito apertado por uma dor aguda, quase sufocante. Agarrou-se ao assento do avião com força para não desabar.
— Agora... — Murmurou, com voz cortada. — Vão buscar o médico que atendeu a Avelina! Eu quero ouvir isso da boca dele
Logo trouxeram o médico. Ao vê-lo, o homem empalideceu, tremendo ao falar:
— Eu... eu realmente não sabia... A senhora insistiu em tomar os inibidores, queria adiar o parto... Eu tentei convencê-la, mas ela não quis ouvir. Disse que só depois da data prevista os bebês teriam chance de sobreviver...
Antes que terminasse, a expressão de Vincenzo já estava destruída. Suas mãos apertavam o encosto.
— Impossível... — Sussurrou ele, com o olhar tomado por pavor, balançando a cabeça. — Você foi comprado por Avelina, não foi? Ela te obrigou a inventar essa história? Mas a Lúcia me disse que foi você quem fez o parto dela e que o bebê foi para a enfermaria neonatal!
— Lúcia? — O médico franziu o cenho, ficando confuso. — Eu não conhe