MIA
O carro parou diante do ateliê, uma construção antiga com janelas amplas e portas de madeira entalhada. Cecília deu uma última olhada para os soldados no banco da frente, o olhar afiado como uma ordem disfarçada de gentileza.
— Vocês ficam no carro. Protejam o perímetro. Ninguém entra, ninguém sai. Está claro?
Eles assentiram em silêncio, como bons cães treinados.
Cecília desceu, ajeitou o lenço sobre os cabelos com a delicadeza de quem arruma um véu de noiva, e abriu a porta para mim. O gesto era simples, mas escondia toda a tensão de uma fuga que ainda não tinha nome.
— Vamos, senhorita. É hora de prov