VITTORIO
O salão principal da casa de Don Mauricio parecia pulsar com a mesma tensão que fervia em nosso sangue. O ar era espesso, saturado de expectativa, como o instante silencioso que antecede uma explosão. Homens se agrupavam ao meu redor, seus rostos endurecidos pela vida que levávamos, moldados no ferro da lealdade e da guerra. A luz trêmula dos candelabros antigos desenhava sombras dançantes nas paredes, e cada olhar carregava a marca silenciosa do que estávamos prestes a fazer: matar, morrer, vencer.
— Escutem bem — disse, deixando minha voz cortar o murmúrio tenso como uma lâmina afiada. — Esta não é uma missão comum. É sangue. É honra. Esta noite, não apenas defendemos a Cosa Nostra... nós a vingamos.