Nath Narrando
O grande dia chegou.
Acordei com o coração batendo apressado, igual tamborim em escola de samba. O sol invadiu o quarto, iluminando o vestido pendurado na porta do armário... branco, lindo, do jeitinho que eu sempre sonhei. Não era só o casamento. Era o começo de uma nova vida. Eu e o Blackout. Meu parceiro, meu amor, meu tudo.
A casa tava uma correria só. As meninas me ajudando com cabelo, maquiagem, e a Janete do meu lado o tempo inteiro, segurando minha mão e tentando não chorar — mas ela chorava, e eu também.
— Tu vai ser a noiva mais gata que esse morro já viu, minha irmã. — Ela disse, com um sorrisão no rosto.
Ri nervosa, tentando não borrar a maquiagem.
— E você vai ser a madrinha mais firmeza desse rolê todo. Tô tremendo, Janete.
Ela apertou minha mão.
— Treme não, Nath. Você nasceu pra isso. Pra amar e ser amada. E o Blackout... ele é doido por você.
Suspirei fundo, olhei no espelho e me vi de noiva pela primeira vez. Um filme passou na minha cabeça. A gente se