Blackout narrando
Mano… nem sei por onde começar. Cê tá ligado que eu já vivi muita fita nessa vida, já vi parceiro tombar, já fiquei sem rumo, já achei que o coração nem servia pra mais nada. Mas hoje… hoje foi diferente. Hoje eu me senti completo.
A Nath ali na minha frente, toda de branco, sorriso largo, olho brilhando… parecia anjo, de verdade. Quando ela pegou o microfone e começou a falar aquele monte de coisa linda, meu peito parecia que ia explodir. Fiquei só segurando pra não desabar ali na frente de geral, tá ligado?
Depois que ela terminou, me olhou daquele jeito que só ela tem, eu peguei o microfone também, nem tava nos plano, mas soltei:
— Rapaziada… eu sei que meu jeito é meio na trave, meio fechado… mas hoje eu tenho que falar, porque essa mulher aqui me salvou. Salvou meu corre, salvou meu coração, salvou minha vida. Nath, cê é minha luz. Minha paz no meio do caos.
A galera pirou, Pantera gritou lá do fundo “Fala, cria!”, e a Nath já tava com o olho cheio d’água de no