Nath narrando
Acordei com aquele sol na cara e uma preguiça daquelas. Virei pro lado e dei de cara com o Blackout ainda jogado na cama, dormindo pesado. Ele parecia um anjo… um anjo todo tatuado e perigoso, mas meu. Sorri de leve, lembrando da noite passada, e levantei devagar pra não acordar ele.
Enquanto esquentava a água pro café, peguei o celular e mandei mensagem pra Janete. Eu tava com saudade dela, da nossa conexão de antes. Depois de tudo que rolou no baile, eu fiquei bolada. Aquilo mexeu comigo. E sei que mexeu com ela também. A gente se envolve com esses caras e esquece que o mundo deles gira em outro ritmo. Risco faz parte do pacote.
Mas eu também não sou de fugir, né? Se for pra viver, que seja com intensidade. E é isso que eu sinto quando tô com o Blackout. Um fogo, uma vontade de cuidar, mas também de me jogar.
Sentei no sofá com a xícara na mão e fiquei pensando no que a Janete deve tá passando. Ela é forte, mas tem um coração mole. E se tem uma coisa que aprendi nesse