Blackout narrando
Fiquei ali largadão no sofá com a Nath deitada em cima de mim, coração batendo no mesmo ritmo, como se fosse um só. Passei a mão nos cabelos dela devagar, sentindo o perfume que tava grudado em mim desde a cozinha.
— Cê sabe que mexe comigo, né? — falei no ouvido dela, a voz meio rouca ainda da nossa loucura.
Ela riu, aquela risadinha safada que me deixa mais doido que bala traçante em dia de guerra.
— Você que não presta, Black… chega já querendo botar fogo na casa.
— Se tu é gasolina, eu sou fósforo, morena — respondi, dando um selinho nela.
A vibe tava boa demais, papo leve, carinho sincero… mas cê sabe como é, né? Vida no corre nunca dá trégua. O celular vibrou no meu bolso, e eu já fechei a cara. Peguei o aparelho e vi a mensagem chegando: era o Pantera, mandando localização e dizendo que queria a tropa atenta. Tinha treta vindo aí.
Suspirei fundo, apertei a Nath contra mim.
— Avisa que eu tô contigo — ela falou antes mesmo de eu dizer qualquer coisa, como se já