Pantera narrando
Acordei no pique, mas com a mente ainda travada naquela mulher. Janete… essa mandada tá me tirando o foco, mano. Nem no meu sono ela sai da minha cabeça. Levantei, joguei uma água na cara, olhei no espelho e soltei um tu tá doido, Pantera?. Desde quando tu fica assim por causa de mulher?
Peguei o celular no criado, e pá, mensagem dela. Um papo torto, provocando, jogando charme… do jeitinho que ela sabe que me deixa bolado. Respondi no mesmo nível, lógico, não sou de ficar pra trás.
— Vai brincar com fogo até quando, Janete? Cê sabe que eu queimo mesmo, né.
Ela respondeu com deboche, como sempre. Mas eu já peguei a visão: essa mina tá jogando, só que no fundo… tá querendo ser pega.
Deitei de novo, mão atrás da cabeça, sorriso de canto.
— Cê ainda vai ser minha, Janete. Vai parar com esse joguinho e cair no colo certo. Cê só não sabe ainda.
Mas eu sei. E eu tenho paciência… até onde dá. Porque se tem uma coisa que o Pantera não aceita… é perder. E essa partida aí? Já t