Eu sabia o que era o ódio. Cresci com ele, me alimentei dele. O ódio me moveu a vida inteira. Mas o que eu sentia por Petros agora… aquilo era novo. Um ódio tão profundo, tão visceral, que quase me consumia. Especialmente ao ver o sangue de Beatrice. Meu sangue.
Petros estava ali, de pé, com aquele sorriso arrogante que me fazia querer rasgar sua garganta. Ele realmente achava que tinha o controle. Pobre ilusão. Assim que eu me livrasse dessas malditas cordas, ele iria pagar por cada segundo que nos manteve aqui. Eu o destruiria.
Beatrice quebrou o silêncio com uma voz suave, quase trêmula:
— Por que você está fazendo isso?
Eu quis gritar para ela se calar. Não desperdiçasse suas palavras com aquele verme. Mas ela… sempre tão ingênua.
O sorriso de Petros se alargou, transbordando malícia. Eu me debati na cadeira, os pulsos queimando enquanto o sangue escorria, mas era inútil. Eu precisava estar entre ele e Beatrice. Ser a vítima de Petros? Tudo bem. Mas ela… ela era intocável. Ou d