Depois de alguns dias afastada, Luana voltou ao trabalho, mas estava longe de ser a mesma. O escritório já não era o seu único universo: ela havia embarcado numa jornada de autoconhecimento e saboreava cada descoberta, cada pequena liberdade conquistada.
A amizade com Sheila florescia a olhos vistos, deixando tanto colegas quanto familiares curiosos ou, em alguns casos, desconfiados. Sheila, especialmente, sentia as críticas de todos os lados — da família e até da melhor amiga Denise — e tinha dificuldade em se blindar do que diziam. Luana, mais experiente nas artes de ignorar palpites alheios, tentava ajudar:
— Eu não percebo por que todos acham que têm o direito de mandar na minha vida? — Sheila afundou no sofá, exausta.
Luana solta um riso enquanto lhe entrega uma taça de vinho.
- Eles devem faze-lo com a melhor das intenções. Só acho que tu deverias começar a filtrar algumas dessas opiniões. E parares de te estressar tanto com a imagem que terceiros tem de ti. - Luana disse e apr