Na quinta-feira, o dia já tinha passado da metade quando Rodrigo encostou na mesa de Elize com um sorriso rápido.
— Preciso da pasta do caso do Drummond, Elize. Deve estar no arquivo. Dá pra pegar pra mim?
— Claro. — ela respondeu, já se levantando.
Elize seguiu até a sala de arquivo e, assim que entrou, foi tomada por leves lembranças de momentos ali dentro.
Quanta coisa em dois meses, pensou.
Passou os dedos pelas etiquetas dos arquivos, puxando algumas gavetas até encontrar a seção correta.
Enquanto procurava a pasta do Drummond, o nome “Vicentini” chamou sua atenção — ou, melhor dizendo, a ausência dele.
A pasta não estava lá. Ela conferiu três vezes. Nada.
Fechou a gaveta devagar, tentando não alimentar a paranoia, mas a pulga já estava atrás da orelha.
Voltou à mesa, entregou a pasta solicitada a Rodrigo, e ficou observando a porta da sala de Arthur, que seguia fechada desde cedo.
No meio da tarde, com a xícara de café recém-passado na mão, ela decidiu: se e