Ela se levantou devagar, ajeitou novamente a saia e abriu a porta.
— Se o tabuleiro começar a virar contra mim, me avisa antes de eu levar xeque-mate.
Henrique soltou um sorriso breve, mas não respondeu.
Elize saiu da sala mais confusa do que quando entrou.
Fechou a porta atrás de si com cuidado, como se estivesse tentando não acordar um segredo.
Glória, claro, fingia digitar alguma coisa no computador — o que era claramente mentira, já que a tela estava bloqueada.
Mas seus olhos brilhavam, como quem mal podia esperar pela próxima atualização do drama corporativo.
E Elize, sem dar uma palavra, passou direto para sua mesa, tentando se concentrar… mas o pensamento sobre “a outra” agora martelava alto demais para ser ignorado.
Elize mal tinha se ajeitado na cadeira quando Glória girou a cadeira dela com aquele ar de quem já segurou a língua por tempo demais.
— Ele falou da outra?
Elize levantou os olhos do teclado, franzindo a testa.
— Da outra o quê?
— A outra, u