POV: Emily
O cheiro de terra molhada e folhas amassadas ainda pairava no ar. O som da chuva havia cessado, mas dentro de mim, o temporal permanecia. Sentada no chão da estufa, com as costas apoiadas contra o peito de Noah e os braços dele envolvendo minha cintura como uma promessa silenciosa, eu me sentia estranhamente em paz — e, ao mesmo tempo, à beira de um abismo.
Ainda sentia os lábios dele na minha pele. O gosto do seu beijo. O toque firme, mas cuidadoso, que parecia me reconstruir por dentro. Ele havia me tocado como se soubesse que eu estava em pedaços, e mesmo assim quisesse cada parte.
Mas o que mais doía — o que mais confundia — era que, em vez de me afastar, eu quis mais. Quis me perder nele para esquecer tudo que me queimava.
Alexander.
Pisquei lentamente, tentando afastar o nome da minha mente. Mas era impossível. Como tentar apagar uma cicatriz. Ela pode sumir da superfície por um tempo, mas continua ali, latente, viva.
— Está tão quieta — murmurou Noah, a voz grav